Era de um modo tão sua que lhe doía o peito e sentia a pata de elefante massacrando o coração. Sendo muitas e nenhuma ao mesmo tempo, parada, parada, parada. E queria lhe, lhe, lhe. E queria ir, ir, ir. E queria perder. Tudo a perder, perder tudo.
A criança calçando o sapato alto da mãe: era ridícula. Ridícula de. De quê? De não viver.
E ao acordar, queria recriar e criar e pintar e repintar.
Que cheiro teria a vida? Que gosto seria?
- Criança, tua mãe não te contou? O cheiro e o gosto são tu. Cala-te, apaga a pintura, some: tu te bastas; e só tu do mundo, e o mundo só teu.
Foi - e explodiu como supernova.
domingo, 28 de outubro de 2007
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