terça-feira, 7 de agosto de 2007

Uma e outra, as duas.

Laura era a mulher mais linda do mundo quando estava triste. Era a mais forte. A mais poética. E sabia. E sentia um fascínio por sua tristeza, porque a sua, diferente das outras, a trazia conforto. Laura se sentia cheia, completa, não sentia a falta. Se sentia irredutível, mulher, sábia, bonita. Sussurrava com sua alma e se sentia viva. Naquele momento, o mundo olhava pra ela, de um jeito completamente desconhecido. E se na presença de outros ela desejasse expressar seu carinho pela tristeza, tratava logo de se repudiar. A tristeza era dela e só ela. E só para ela e só com ela.

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