terça-feira, 21 de agosto de 2007

Palavra calada.

Ódio a todas as mães que não nasceram pra ser mães. Àquelas que no fundo, no fundo, queriam mais é que não tivessem parido seus filhos. Ódio aos pais ausentes, esses incompetentes que vagueiam por terra como alma penada. Ódio aos avôs com suas onças e micos-leão-dourados. E às avós, mal-acostumando com amor. Ódio a tios e tias, tão frígidos, fingidos, loucos. Ódio a quem te enxergou crescer e esqueceu de te ver. Porque dói, e não queremos mais.

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