terça-feira, 28 de julho de 2009
Relíquia
A água fria na madrugada que levemente me leva a um sorriso de paz: estou viva. O beijo do animal e seu olhar cândido, sua curiosidade assustada a qualquer movimento meu: estou viva. A brisa que entra leve, me acaricia: estou viva. Os agudos ao longe de morcegos e apitos: estou viva. O barulho ao lado de quem dorme, em sono profundo acompanhado depois de anos, em sono tranquilo de paciência: estou viva. O engasgo, os deliciosos barulhos da madrugada, a bebida fora de horário: estou viva. A sensação, ser livre é uma sensação. É o mais perto de estar viva, se sentir livre e vice-versa. Jovem, presente, viva: aqui, eu. Diferente das pontas dos meus cabelos, não desboto. Diferente de antes. Sou colorida. Sou. Entro em contato com uma, duas belezas. Todas as suas profundidades, as mesmas que em mim não enxergo. É então que sinto. E sinto mais do que nunca que a vida em mim... a vida em mim é linda.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário